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Barracas de feijão-tropeiro do Mineirão |
1) Queremos
o retorno imediato das Barraqueiras e Barraqueiros para o entorno do Mineirão!
Os Barraqueiros e seus produtos, que incluem o famoso Tropeirão do Mineirão,
são patrimônio histórico cultural de Belo Horizonte. Queremos que o poder
público respeite e garanta o direito da população de Belo Horizonte de conviver
com a história do Mineirão e da cidade, e o direito dos Barraqueiros de
seguirem trabalhando no local conquistado ao longo de mais de 50 anos de
trabalho!
2) Queremos
que o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Belo Horizonte garantam, em
caráter imediato e como medida mínima de reparação pelos 4 anos de violação de
direitos, que os Barraqueiros e Barraqueiras possam vender o Tropeirão, o Pão
com Pernil, bem como seus demais produtos artesanais em locais de grande
concentração de torcedores nos dias dos jogos da Copa! Os barraqueiros querem e
precisam trabalhar, e, na maior festa do futebol já ocorrida em Belo Horizonte,
a população tem o direito de conviver com essa tradição do futebol mineiro!
Histórico do Problema
Desde o
fechamento do Mineirão para reformas, em junho de 2010, as Barraqueiras e os
Barraqueiros do Mineirão foram retirados forçadamente do local onde trabalharam
desde o início da construção do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão,
em 1964. Sem qualquer consulta ou aviso prévios e sem que lhes fossem
garantidas medidas compensatórias adequadas, os trabalhadores perderam sua
principal fonte de renda.
São, ao
todo, cerca de 150 mulheres e homens de origem simples, muitos já idosos, que
vinham trabalhando, junto a suas famílias, há mais de 50 anos naquele local. Ao
longo de mais de cinco décadas, as Barraqueiros e os Barraqueiros desenvolveram
no entorno do estádio a tradição cultural dos famosos Tropeirão e Pão com
Pernil artesanais, entre outros produtos, inquestionavelmente já incorporados à
história do Mineirão e do futebol mineiro.
Há 4 anos,
os Barraqueiros do Mineirão vêm lutando pelos seus direitos. Várias reuniões e
promessas foram feitas. No entanto, ainda hoje, nenhuma solução foi dada ao
problema.
O
prolongamento desse cenário durante os últimos quatro anos agravou muito a
situação econômica e social dessas 150 famílias, evidenciando ainda mais o
caráter emergencial de resolução do problema. Os Barraqueiros querem e precisam
de seu trabalho no Mineirão, tanto para a retomada de sua fonte de renda,
quanto do laço social e cultural histórico construído, ao longo de mais de 50
anos, junto às paredes do Mineirão!
Lembramos,
dentre outros variados documentos e normativas que respaldam este abaixo
assinado, o disposto na Carta Mundial pelo Direito à Cidade, à qual o Brasil
aderiu no ano de 2005:
"As cidades devem
promover a integração progressiva do comércio informal que realizam as pessoas
de baixa renda ou desempregadas, evitando sua eliminação e repressão. Também se
disponibilizarão espaços destinados para o comércio informal e políticas
adequadas para sua incorporação à economia urbana." - Carta Mundial pelo Direito à Cidade, Artigo XV, ponto 5)
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