O novo Airbus 380, um peso pesado que, até fazer o primeiro vôo em março (2006), havia custado 13 bilhões de dólares, já está no ar. Em março de 2007, talvez antes, ele poderá fazer o primeiro vôo comercial, graças a Singapore Airlines. Até agora, segundo a AirBus, 13 empresas aéreas já encomendaram 149 unidades que custará entre US$ 263 e US$ 286 milhões, cada. De acordo com a configração que as empresas adotarem, cada leviatã motorizado poderá carregar até 840 pessoas.
O peso pesado do ar está fazendo todo o mundo discutir. Há aeroportos para o A380 no mundo? Há limites para a expansão de aeroportos? A indústria da aviação está preocupada. Na Europa há muitos políticos e governos desejando cortar alguns benefícios ou, segundo eles, privilégios. Ao contrário do Brasil que taxa tudo, a França, por exemplo, não cobra o imposto interno sobre produtos petrolíferos (TIPP).
A taxa de valor agregado (TVA) sobre as passagens de avião – apenas 5,5% – aplica-se somente aos vôos domésticos, para passagens compradas na França. Outro benefício impressionante: a compra, a manutenção, a limpeza e a supervisão dos aviões são isentas de TVA para todas as companhias aéreas que fazem, pelo menos, 80% de suas atividades para os departamentos e territórios do ultramar (os DOM-TOM) e para o exterior.
Segundo o Le Monde, a França isenta todo serviço ligado à aviação, tanto a fabricação das aeronaves quanto a entrega das refeições destinadas aos passageiros. Por sua vez, o artigo 1518 A, diminui em 30% a base de cálculo do imposto fundiário pago pelos aeroportos. E etc. A pergunta é: Se a aviação européia e mundial pagasse o preço real das coisas, como ficaria o turismo de charters para a Tailândia, Salvador? Recife? Foz do Iguaçu. Ah, Bonito também? François Ploye, consultor francês na área de meio ambiente, responde:
“Se o custo real do transporte aéreo fosse pago, perceberíamos que não há razão alguma para importar alguns produtos do outro lado do mundo simplesmente porque são mais baratos. Não se passariam mais todas as férias na Tailândia porque, lá, o custo de vida é mais baixo".
Só para pensar!!!
Foto Adrien et JYB
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