Está sendo amplamente noticiado que "empresas argentinas e estrangeiras construirão 24 hotéis na floresta da província de Misiones, próximo às Cataratas do Iguaçu". O investimento seria de aproximadamente US$ 150 milhões. O dinheiro pagaria por nove hotéis de cinco estrelas e outros 15 de três e quatro estrelas na selva (?) de Yryapú, sobre o rio Iguaçu de um lugar de onde se pode ver a selva no lado brasileiro (Selva ou capoeira?). Daí haverá ainda mais hotéis de cadeias como Hilton, Hyatt, Radisson, Pan-americano, Loi Suítes, Tekoá, Village Cataratas, Ninho Jungle e o "hotel de arte e vinhos Tapeçaria" e o hotel do escambau. Os projetos seriam concluídos em 2008 aumentando de 3 mil para 6 mil o número de quartos na cidade de Puerto Iguazú - fronteiriça com o Brasil e o Paraguai. A nota conclui que o Governo da Província de Misiones assinou acordo com as cadeias hoteleiras e os índios guaranis.
Há rumores também de que um outro hotel seria construido em duas hectares de terra na chamada "Área Cataratas" que ainda pertence a Província e que a Província quer entregar a alguma empresa hotelerira que queira construir um hotel. O que eu chamo de mentira não é o fato da Província querer. A mentira é dizer que vai sair. A Administração de Parques Nacionais não aprovou sequer a instalação de uma balão estático para fazer subidas e descidas panorâmicas. "Como vamos aprovar um hotel?" - me disse uma fonte que pediu segredo sobre sua identidade. Segundo a fonte, o motivo da Administração nunca admitir um hotel, balão ou qualquer outra coisa que altere a pureza paisagístca das Cataratas é o compromisso com o Brasil. "Nós sempre lutamos contra os vôos de baixa altitude dos helicópteros. É uma questão ética esse compromisso argentino de não poluir visualmente as Cataratas" - disse.
A Província está especulando sobre a construção de todos os hotéis na região que se chama 600 hectareas que pertencia aos guaranis. A negociação é a seguinte: das 600 hectares o governo tomou 350 e deixou 250 para os índios. A promessa é de que os índios venham a ser guias e trabalhar direamente no turismo. Para isso há até um Centro Tecnológico para treinamento. Já há muita gente preocupada com a possibilidade do crescimento explosivo de Puerto Iguazú ser um repeteco de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu. A cidade que não tem planejamento, não tem respostas para o crescimento da pobreza nos bairros que não param de crescer. (Estamos investigando)
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