O avião da GOL que fazia o vôo 1907 que despencou do ar com 155 passageiros abordo, não foi a única coisa a cair por terra neste último trimestre. Desabou nosso sistema nacional de segurança do vôo do qual já nos orgulhamos.
Depois de uma série de reportagens da TV Globo, descobrimos que nosso transporte terrestre tampouco anda bem. Há crise no ar. Há crise na terra e há crise no mar, nos rios e nos lagos.
O turismo sofre. Ontem conversei com motoristas de ônibus de larga distância que viajam entre Foz do Iguaçu e outros centros do País. Eles reclamam da falta de infraestrutura. O iguaçuense vê tanto ônibus na cidade que pensa que é um destino turístico eminentemente rodoviário.
Sabia que Foz do Iguaçu não tem estrutura para receber ônibus de turismo? Ônibus de turismo têm banheiros abordo carregados com muito dejeto que necessita ser esvaziado. E não pode ser lançado em qualquer lugar, não! Precisa estacionar, se mexer na rua.
Um motorista me confessou que muitos colegas seus põe-se a rodar pela cidade em busca de um lugar deserto onde abrir a descarga e se livrar do conteúdo banheiro. Na maioria das vezes se escolhe os arredores de bairros mais pobres. É o turismo de Foz deixando “meleca” para a população local. É também um crime ambiental e um perigo à saúde.
Assim, nossa crise que perturba a toda a sociedade com mais peso ainda ao turismo é área, rodoviária, marítima e sanitária. Lá pelo início da década de 90 quando o cólera viajou de avião e de ônibus nós ficamos um pouco preocupados. Havia vários postos de combustíveis que esvaziavam os toaletes dos ônibus. Havia controle, selo, taxa e um monte de outras coisas. E agora? Estamos esperando o próximo ataque do vibrião?
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