22 janeiro 2007

Carta Aberta ao Turismo Brasileiro

Julio Cezar e Claret de Rezende ambos da revista Panorama do Turismo, são amigos meus e colegas da Associação Brasileira de Jornalistas do Turismo (Abrajet), da qual fui (sou, se precisar) assessor especial para assuntos de Mercosul. Eu detectei, na rede, esta Carta Aberta que reproduzo, a seguir. A Revista Panorama do Turismo está sendo processada por uso indevido de fotografia. Ou seja de fotografia não-autorizada pelo autor. A foto teria sido enviada por órgão de Turismo de Foz do Iguaçu (Não sei se oficial ou oficioso). Leia a carta e depois falamos:
Carta Aberta ao Turismo Brasileiro

Ao avançar para o seu terceiro ano de circulação mensal e ininterrupta, levando aos leitores um jornalismo de qualidade, responsável e imparcial, e, na outra ponta, assegurando aos parceiros comerciais um produto editorial com credibilidade, a revista Panorama do Turismo está sendo processada.

Seu crime?

Utilizar, na edição de abril deste ano, uma bonita foto das Cataratas do Iguaçu que chegou à redação via e-mail, enviada por órgão de turismo da cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. A distribuição de material informativo e de imagens, ressalte-se, é prática comum de qualquer destino que pretenda se posicionar no mapa do turismo. Mandar fotografias sem permissão dos seus autores, contudo, é uma atitude irresponsável. Pois essa foto encaminhada para Panorama do Turismo não tinha autorização para publicação, segundo o seu autor.

Com o desejo único de melhor divulgar a encantadora Terra das Cataratas, e distante em absoluto de qualquer tipo de ganho financeiro, posto que o registro da mencionada foto foi puramente jornalístico, Panorama do Turismo está sendo penalizada. Entre outras compensações, a ação na Justiça solicita ao autor da imagem usada uma importância equivalente a 200 salários mínimos a título de indenização!

Apesar do desatino de quem enviou o material fotográfico e do processo que foi engendrado contra a Panorama do Turismo, queremos assegurar aos nossos leitores, aos nossos clientes comerciais e às entidades do turismo que chancelam esta publicação que: 1) acreditamos que nossa defesa na Justiça logrará êxito; 2) continuaremos a perseguir os compromissos do bom jornalismo; 3) a cidade de Foz do Iguaçu e seus produtos turísticos continuarão merecendo divulgação nestas páginas, mesmo diante desse lamentável episódio.

Por fim, sempre vale lembrar que os meios de comunicação constituem um dos ingredientes fundamentais do sucesso de um destino turístico. Sem divulgação profissional e sistemática ninguém conquista seu lugar de mercado. Os espaços de informação, pois, precisam ser valorizados. Casos como esse que atingem Panorama do Turismo podem acabar desestimulando a imprensa sadia e efetivamente comprometida com o segmento. Por esse caminho, todos sairemos perdendo!

FIM DA CARTA
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Agora falemos! Eu não sabia que a Panorama do Turismo estava sendo processada. Eu sabia sim que um colega fotógrafo entrou na justiça para exigir direitos dele contra órgãos oficiais por uso indevido de foto. Na época em que ele entrou, eu também estava nervoso por uso semelhante de frases de meu livro na folheteria oficial. Não fiz nada porque o assunto do meu livro, que propõe as Cataratas do Iguaçu como um Lugar Sagrado é de origem cósmica, o que significa que aconteça o que acontecer os deuses me pagam. Nunca fui processado mas sinto na pele o que os colegas da revista Panorama do Turismo estão sentindo. Sou testemunha de que o ramo mais ingrato para jornalistas é o do turismo. Se trabalhássemos cobrindo a industria da cerveja, dos cosméticos ou até a agrícola seríamos mais reconhecidos. Por isso, além de perplexo em saber da situação do Júlio Cezar e do Claret de Rezende, peço as autoridades de Foz do Iguaçu que tenham cuidado com o que fazem, com a foto que dão, com o texto que copiam, para não causarem prejuízos aos profissionais daqui e aos colegas do resto do Brasil. Para evitar tudo isso a coisa mais simnples a fazer é dar o crédito do profissional e dizer que esta foto ou este texto é de fulano e foi tirada de tal site, de tal revista. O mesmo acontece com filmes, vídeos, livros. Citar a fonte, dar o crédito é comum em todos os setores, na área acadêmica, comercial, profissional e tudo mais. É hora de acabar com o folclorismo e hora também de deixar de sermos uma cidade de joão-sem-braço, embora eu não tenha nada a ver com o joão e nem com os braços dele. Estou solidário. Tenho fé na Justiça e sei que a Justiça saberá ser justa com os profissionais da área mais ingrata do jornalismo: a área de turismo. E eu que diga!

5 comentários:

Sopa Brasiguaia disse...

Eu não tenho essa certeza que você tem, Jackson. Creio que a justiça dará ganho de causa ao autor da ação, por mais absurdo que isso seja. É uma pena, ainda mais quando a intenção era produzir um material para divulgar nossa cidade. Não é à toa que estamos volta e meia em crise ou na iminência de uma.

Guilherme Dreyer Wojciechowski
SopaBrasiguaia.com

Anônimo disse...

Vejo que houve uma contrafação, uso indevido, desrespeito ao profissional por não citar o autor. Cabendo ao autor amparado legal pela lei de ter seus direitos ressarcidos pelo dano que lhe causaram independente de quem ou utilizou a imagem, com certeza o autor esta fazendo o que muitos têm medo.

Anônimo disse...

Se o autor da foto nao cedeu a imagem para a divulgaçao,tem sim o direito de acionar judicialmente por contrafaçao.
esta assegurado na lei de direitos autorais, a fotografia como uma pintura de van gogh tem as mesmas proteçao perante a lei.

Anônimo disse...

Perante as leis brasileiras, quaisquer imagens captadas por fotógrafos profissionais devem ter o mesmo tratamento que as obras clássicas de Picasso, Van Gogh. A divulgação das "obras" dos profissionais da fotografia, tem que consignar o crédito, É lei.

Anônimo disse...

A utilização comercial da imagem caracterizou quando a mesma foi vinculada ao produto com a finalidade de incrementar o turismo de Foz, tornar o produto comercialmente mais atraente ao público. Houve sim lucro direto ou indireto com a publicação, é dever indenizar.

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