Me diverti com o mico que a cidade está pagando, esses dias. A cidade não, a sua liderança. Vejo com assombro como o turismo vem sendo tratado com um “machismo” positivista impressionante em Foz e no Brasil PT-niense, como um todo. Um show desse machismo positivista do turismo se pode ver claramente na Embratur. Basta ver o tom do discurso Embraturiano. São números e números e mais números. Tipo: Brasil fatura 4 bilhões em fevereiro, seis bilhões em abril. São também os “recordes”. É incrível senão nojento ver este tom do “discurso”.
Em Foz, vejo isso há tempo em relação com nossos freqüentes recordes de visitação ao Parque Nacional do Iguaçu. São tantos recordes que eu não consegui não dar risada ao ver n’A Gazeta do Iguaçu de 2 de fevereiro, a manchete “Visitação nas Cataratas baixa em janeiro”. Para começar, não gosto de dizer "visitação nas Cataratas". Antigamente era "visitação às Cataratas". Eu digo "eu visito a minha mulher" e não “eu visito na minha mulher”.
"Cataratas fecham janeiro com queda de sei-lá-quantos%". Não sei quem inventou tal neurose numérica, infantil e antiestatística da Cataratas do Iguaçu Bolsa de Valores Empreendimentos. (Não estou falando da Cataratas SA) São números vazios. Patéticos. Ridículos. Testiculares. Querem reduzir o turismo aos números econômicos. Lembro-me de outra matéria, onde se afirmou que as agências empregam 2,7 mil pessoas. E que, além disso, os 1,1 veículos registrados na frota do turismo da cidade, empregariam um trabalhador e meio.
Entendo o propósito da campanha para lembrar ao prefeito Paulo MacDonald da importância do turismo na geração de emprego e na solução de problemas humanos-econômicos. Se o prefeito esqueceu disso ou não sabe disso não será por problemas de amnésia. O prefeito tem boa memória e é estudado. O problema é político, politiqueiro e partidário se não de “gangues” como o País vê todos os dias.
O que não entendo é como é possível empregar um trabalhador e meio. Se alguém me empregar dessa maneira o que significaria na prática? Um Jackson e uma perna? Um Jackson e duas pernas. Daí sobraria, um Jackson sem pernas? Ou seria um Jackson + meia bunda + dois pés? Isso me está cheirando a coisa de Jack, the Ripper - o Estripador.
Meus queridos colegas do turismo e da economia. Não é por nada que na maioria das línguas nativas do Brasil, das Américas e do Mundo, os falantes só contavam até seis, 10 ou 12. Até a Bíblia escrita em hebraico não falava de milhões e de bilhões. Quando Deus disse que a prole de Abraão iria crescer – ele disse que seriam tantos quantos os grãos de areia do mar. Quer dizer Deus errou duas coisas. Primeiro ele exagerou. Quantos grãos de areia têm o mar? É grão que não termina mais. Imagine uma população de gente desse tamanho. Se tivesse Deus escrito em Tupi (e se fosse ecologista), ele diria que a prole de Abraão cresceria como saúva em ecosistema desequilibrado. Em questão de emprego estariam falando hoje de um trabalhador e um dez mil milionésimo. Nem seria Jack estripando mas sim liquidificando. O segundo erro de Deus – possivelmente porque a língua hebraica falhou – é que os grãos de areia mais fáceis de contabilizar estão na praia e não no mar... bem deixa isso pra lá.
Daí, o trade fica nervoso para encontrar alguém para culpar. Por que o turismo baixou? Eu respondo: baixou porque nunca subiu. Subiram com eles. Como o diretor do Ibamaturismo e Parque Nacional do Iguaçu, Joaquim Pegoraro disse “em janeiro do ano passado houve um congresso de "Desbravadores". Isso sim é perigoso. A pior coisa que houve para o Brasil se chamou desbravador.
Etimologicamente falando “desbravar” significa tirar a braveza. Desbravar um touro seria então castrá-lo. Tirando-lhe os testículos, foi-se-lhe a braveza! Os desbravadores do Brasil tiraram a braveza do Brasil, mataram os índios, entregaram as terras para os colonizadores, caparam escravos, zeraram a Mata Atlântica, destruíram o cerrado, queimaram o sertão e plantaram soja de Ijuí a Santarém. Eu acho que a Igreja que ensina aos nenês a serem castradores, desculpem, desbravadores, deveria mudar de idéia. E de rota.
Então, graças a Deus que em janeiro de 2006 os desbravadores não “visitaram” "nas" Cataratas. Finalizando, concordo com o irmão Januário Pegoraro. E quanto aos irmãos do turismo, peço que não se preocupem com os números. As coisas melhoram por si só. Há muito mais na vida que números. Turismo é mais do que núemros. Turismo é gente, coração, calor. Basta relaxar. O futuro do turismo neo-liberal, não sei qual será? Disse Jesus – o antidesbravador - , “Não estejais ansiosos pelo amanhã...etc”. Basta fazer o que deve ser feito. Preservar o patrimônio cultural, natural, paisagístico, humano, sexual bam-bam-e-etc da cidade ou como estão chamando “do destino”. Há, Há, Há!
Nas próximas notas falarei sobre as palmeiras da Avenida Jorge Schimmelpfeng. Quem são aquelas palmeiras? Como se chamam? Qual é o discurso ou melhor o "H" no corte delas? Que valor têm? Etc? Hein?!
Um comentário:
Olá amigo
sou líder de um grupo de desbravadores, nós ddesbravadores não viemos e nem temos relações com os desbravadores que você diz no seu post. Somos desbravadores da igreja adventista do sétimo dia, não usamos o nome desbravadores do sentido etimologico e sim do significado que também é, preparar ou criar áreas para cultura.
É isso que em suma também fazemos como clube de desbravadores da igreja adventista do sétimo dia.
E o evento que ocorreu em FOZ foi uma visita de um grande grupo de desbravadores da america do sul toda e alguns participantes de outros continentes, chama-se campori, um evento onde todos se juntam para se relacionar com outros que tem os mesmos ideais e juntos louvarem a Deus também.
deixo ao amigo um feliz sabado e um grande abraço, qualquer dúvida estou a disposição
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