07 abril 2006

Um Hotel Proativo

O Hotel Tarobá Express é o primeiro "Hotel Três Estrelas Certificado do Brasil". A placa que confirma a certificação pelo Ministério do Turismo e ABIH foi descoberta para o público em uma cerimônia especial ontem à noite.
Não estamos dizendo que o Hotel dirigido pela empresária Emília Mendes seja o primeiro Três estrelas do Brasil. Existem milhares. Não estamos dizendo que esta certificação seja uma novidade para que se possa aí dizer "segundo a nova classificação" e etc. A "nova" certificação existe desde 2000. O problema é que a classificação hoteleira do Brasil é voluntária. Sendo voluntária, a maioria optou por não fazer nada. Daí muita espelunca chamada de três estrelas.
O que aconteceu no caso de Emília Mendes e seu hotel é que ela entra na história como sendo a primeira empresária/empresa a decidir gastar um monte de dinheiro para se adaptar a uma exigência que não é obrigatória. É aí onde entra a inteligência. O Hotel ficou uma jóia. É pequeno, é três estrelas e está impecável. Tudo bonito. Tem até cobertura com uma piscina, bar e churrasqueira na área da piscina. A piscina tem uma mini-cascata. Há uma cascata também na área de recepção. Os corredores limpos. Tudo cheiroso. Novo. Corrimão ao longo das escadas. Ótimos quartos. Camas grandes. A equipe foi aumentada em número. Se investiu em qualidade, em fim, tudo para merecer um elogio do presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, Eraldo Alves da Cruz: "é um exemplo para o Brasil". Eu só tenho a elogioar.
Vou dizer mais: há duas especies de pessoas ou empresa. Uma se chama reativa. É quando a pessoa só faz alguma coisa quando o governo manda, age, obriga. É uma pessoa que reage. A outra é a pessoa ou empresa proativa. É proativa porque a pessoa agiu sem ser mandada, obrigada, forçada. Por isso meu abraço a Emília Mendes pela sua proatividade.
Outra coisa
O Sebrae e a ABIH estão por trás de uma pesquisas sobre a hotelaria brasileira. Um texto sobre a pesquisa está disponível no site do Sebrae. Entre outras coisas a pesquisa diz que a maioria dos hotéis brasileiros (70%) pertence à categoria 'bom e barato', enquanto apenas 0,2% é de 'luxo'. Voltando a Foz, gostaria de dizer que o que aconteceu ao Tarobá, pode acontecer e vai ter que acontecer com muita gente. Foz ( e região) está vivendo na hora exata para mudar de rumo.
Só assim em breve deixaremos de freqüentar as páginas dos jornais internacionais ligando a nossa imagem a negócios não-transparentes. Falando nisso dou o link para a reportagem, original do New York Post sobre a última confusão publicada sobre a gente e nosso "terrorduto".
Sobre o escritório da Unidade de Transparência que gerou muita reação de nossa comunidade "reativa" (e não proativa) eu lembraria - ou informaria - que segundo o site da Embaixada Americana no Brasil, já existe uma Unidade de Transparência Comercial funcionando em Santos (por causa do porto) desde setembro do ano passado (leia artigo AQUI) e está ligado às autoridades de migração e aduana e não ao Exército Americano. Já existe Unidade semelhante em Buenos Aires (também por causa do porto).
Felicidades para todos e muita proatividade!

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