A Natureza e o Homem se juntaram para oferecer ao mundo as Cataratas do Iguaçu e a Itaipu. O melhor que a Natureza pode oferecer e o melhor que a criatividade do homem pode oferecer se juntaram em Foz. Esta oração se repete tanto em Foz do Iguaçu, que ficou vacinada de qualquer esforço de crítica. É uma oração barata feita sem muito pensamento, amplamente utilizada nos folhetos de turismo, em reportagens de jornais ligadas ao turismo e ainda de programas de televisão igualmente baratos.
Ora que as Cataratas do Iguaçu sejam uma das maiores obras da Natureza do Planeta, uma maravilha para as quais não há palavras para descrevê-las, não há dúvida. Ninguém, no livre exercício e saudável exercício de suas capacidades mentais se esforçaria para achar defeitos nas Cataratas do Iguaçu, como obra da Natureza.
Podemos achar defeitos na estrutura turística que a ela se agarrou nos últimos anos, tal qual carrapatos na pele de um cão sarnento. Podemos colocar defeitos, nas fossas de baixa capacidade, que provocam o mau cheiro, na poluição causada pelos equipamentos turísticos e outros muitos e abundantes defeitos de origem humana.
Mas voltando, ao fato, da região colocar as Cataratas do Iguaçu e a gloriosa Itaipu no mesmo plano, no mesmo patamar criativo, gostaria de chamar a atenção para um detalhe: os efeitos colaterais. Pelo que se sabe, na época moderna, isto é nos últimos dez ou 50 mil anos, não sabemos de efeito colateral nenhum em relação às Cataratas como obra da Natureza. Não há, repito, efeitos colaterais cujas origens possam ser traçadas às Cataratas – quer seja na área social, política, administrativa, saúde, bem-estar etc. Pode-se até afirmar que as Cataratas sejam, elas mesmas, um efeito colateral, de uma grande obra da Natureza, essa sim, cheia de grandes transtornos e que devem ter acontecido entre 240 e 120 milhões de anos. Falo das convulsões vulcanogênicas que prepararam a litosfera basáltica onde as Cataratas surgiram – como um belo efeito colateral, daqueles que a Natureza provoca.
Ora que as Cataratas do Iguaçu sejam uma das maiores obras da Natureza do Planeta, uma maravilha para as quais não há palavras para descrevê-las, não há dúvida. Ninguém, no livre exercício e saudável exercício de suas capacidades mentais se esforçaria para achar defeitos nas Cataratas do Iguaçu, como obra da Natureza.
Podemos achar defeitos na estrutura turística que a ela se agarrou nos últimos anos, tal qual carrapatos na pele de um cão sarnento. Podemos colocar defeitos, nas fossas de baixa capacidade, que provocam o mau cheiro, na poluição causada pelos equipamentos turísticos e outros muitos e abundantes defeitos de origem humana.
Mas voltando, ao fato, da região colocar as Cataratas do Iguaçu e a gloriosa Itaipu no mesmo plano, no mesmo patamar criativo, gostaria de chamar a atenção para um detalhe: os efeitos colaterais. Pelo que se sabe, na época moderna, isto é nos últimos dez ou 50 mil anos, não sabemos de efeito colateral nenhum em relação às Cataratas como obra da Natureza. Não há, repito, efeitos colaterais cujas origens possam ser traçadas às Cataratas – quer seja na área social, política, administrativa, saúde, bem-estar etc. Pode-se até afirmar que as Cataratas sejam, elas mesmas, um efeito colateral, de uma grande obra da Natureza, essa sim, cheia de grandes transtornos e que devem ter acontecido entre 240 e 120 milhões de anos. Falo das convulsões vulcanogênicas que prepararam a litosfera basáltica onde as Cataratas surgiram – como um belo efeito colateral, daqueles que a Natureza provoca.
Aí está o ponto que gostaria de aprofundar: os efeitos colaterais. A maior beleza natural da terra, como uma obra de construção da Natureza não deixou efeito colateral. O mesmo, infelizmente, não se pode dizer da grande maravilha da engenharia humana que como efeito colateral trouxe a explosão demográfica, a miséria, os sem-terra, os afetados por barragens, a massa de desempregados, a corrupção verdadeira base para o principal efeito colateral da Terra das Cataratas: a população de laranjas, cigarreiros, mulas, favelados, desgraças, crimes, drogas, contrabando, muamba, prostituição de crianças, de mulheres, de homens, de profissionais, da imprensa, de políticos e outros desastres deste estilo.
Por isso, seria sábio que quando fôssemos tentados a repetir a famosa oração que exalta as duas maiores criação da Terra das Cataratas, parássemos para pensar sobre as devidas diferenças de plataforma onde se situam. Identificaríamos mais facilmente a verdadeira vocação da cidade. Nos livraremos finalmente de uma das ideologias mais baratas que a região produziu e que nos mantêm em situação lamentável. As Cataratas e Itaipu como inspiração criativa, não provêm da mesma fonte. As Cataratas podem ser o melhor que Deus pudesse ter inventado. É possível que Deus não tenha capacidade de fazer Cataratas melhores. Enquanto isso, o homem poderia ter inventado uma Itaipu melhor – se não na área da engenharia do concreto, pelo menos na área igualmente importante da engenharia social com tudo o que ela pode significar e englobar.
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