O texto abaixo quer ser um alerta para a importância do patrimônio cultural intangível da Humanidade. Já é uma Convenção da Unesco, assinada pelo Brasil! Acrescento esta informação aqui devido à importância do imaterial para o turismo
O patrimônio cultural de um povo, de uma cidade, tribo, país ou do mundo pode ser tanto material como não-material. São patrimônios materiais os edifícios históricos, as obras de arte que se pode ver e tocar e que são exemplos do patrimônio cultural que podemos proteger contra incêndios, tempestades, descaso político, poluição, invasão de tropas militares ou bombardeios.
Porém, o mundo ainda tem um vasto patrimônio não-material, que não podemos tocar, contabilizar diretamente, intangível, imaterial, sutil que também temos a obrigação de proteger. É aquele que as baratas não róem, e as traças não comem.
A Unesco define este patrimônio intangível como sendo “o conjunto das expressões culturais e sociais que, herdadas de suas tradições, caracterizam as comunidades”. Estas formas de tradição, prossegue a definição, são transmitidas pela palavra ou exemplo, de geração em geração, e estão submetidas a um processo de criação coletiva.
As guerras, os exércitos estrangeiros, as quadrilhas, todos os invasores apresentam perigos a este patrimônio. Contudo este não é o verdadeiro perigo. O perigo real é a extinção deste patrimônio como vítima da invasão cultural e de certo modo imperial importada pela televisão, internet, rádios FM, imprensa em geral na era da imposição de um padrão mono-cultural global de música, comida, bebida, roupa, cinema, consumo e modos de vida.
Em 2002, o Brasil apresentou a sua primeira candidatura, preparada pelo Museu do Índio, retratando a cosmologia e a linguagem gráfica dos índios Wajãpi, do Amapá. Na Proclamação de 2005, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano também foi incluído na lista de Obras Primas do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade.
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