Alguma coisa está mudando em Foz do Iguaçu. Está para acabar o turismo de muamba ou TM. TM? Isso existe? Oficialmente, não. Do mesmo modo como não existe "turismo de compras". Claro que todo turista compra. Mas comprar é parte do processo da viagem. Quem viaja para comprar estará incluído na lista das viagens de negócio. As viagens de negócio estão aí e são o que realmente lotam os aviões. Quem compra para revender está fazendo negócios e deve pagar imposto. Deve importar.
Tudo isso, em Foz do Iguaçu, se esculhambou. Foz do Iguaçu passou a ser uma parada técnica na logística para recepção, armazenamento, triagem e transporte de um negócio. O negócio do comprar no varejo, para introdução de mercadorias sem pagamento de impostos, no estilo saúva, a serem transportadas para o Brasil. Voltamos a estaca zero: não é turismo.
Como uma cidade turística pode viver de uma turismo-não-turismo? Não dá. Termina como terminamos. Eu não creio que possa ofender ninguém se eu disser que não acredito no teste da nova estrutura aduaneira-migratória que Foz do Iguaçu acaba de ganhar. (O que temos aí, é a metade da estrutura, ainda). Eu acredito que estamos só ganhando tempo. Depois do dia 29 de outubro, após termos escolhido o nosso novo "presidente", a população conhecerá a verdade. Qual é?
É que o Brasil mudou. Não, não sou de partido nenhum. Quer dizer sou do Partido Verde. E como "verdiano" só penso no aquecimento global e no colapso de tudo até 2050. Voltando ao assunto. O Brasil mudou porque temos que cumprir novas convenções internacionais assinadas entre nós e mais 120 países. Mandar mulher brasileira para "zonas" de Ciudad del Este ou trazer mulher paraguaia para zonas de Foz, agora é "Tráfico" internacional e o praticante não está mais nas mãos da Polícia Civil e sim da Polícia Federal.
Trazer munição do Paraguai para o Brasil é tráfico internacional de armas e munições e o culpado vai estar nas mãos da Justiça Federal mesmo que seja pego em Cantagalo, Paraná. Que mais? Roubar criança? Andar com criança sem autorização? Pode ser considerado Tráfico Internacional de Seres Humanos.
Cobrar para transportar estrangeiros sem a doucmentação apropriada de qualquer país para qualquer país é trafico e viola uma convenção que o Brasil assinou com mais de 120 países. O contrabando, a lavagem de dinheiro, quer dizer levar sem declarar é tráfico e este crime, está, por incrível que pareça, conectado, segundo as convenções internacionais, ao terrorismo. Dinheiro sem dono rodando por aí é terrorismo por isso pegou tão mal para o PT o caso do dinheiro para comprar o relatório. Aquele, sabe?
O Brasil tem nova política de fronteira! O Paraguai também. A argentina, idem. O Paraguai vai demorar um pouco mais mas já tem. Trabalhar no Paraguai e morar no Brasil, não vai dar. Que espécie de visto você tem? É por isso que estamos fazendo as carteirinhas do Mercosul com a Argentina. Não é a Secretaria de Turismo de Foz quem inventou não. É por isso que hoje qualquer brasileiro - desde que não esteja em cana - pode pedir residência na Argentina e a Argentina não pode negar. O Brasil, a mesma coisa.
Assim tudo está mudando. O quê? Abrir loja em Salto del Guairá para fugir da fiscalização? É pior! O compromisso do Brasil é nacional. Vale para 17 mil quilômetros de fronteira. É só esperar. A solução, então, é trazer muamba via aérea? Não é boa idéia. Já temos a Lei do Abate. Sabe a pior, este ano, o Congresso Nacional aprovou a nossa participação na Convenção Internacional contra a corrupção. O Brasil assinou. Lascou-se. Toque pra frente que atrás vem gente. Um dia, não vai dar par ser corrupto! Os políticos eleitos agora, terão menos chance de ficarem ricos com maracutaia!
E voltando ao nosso turismo de compras, o que Foz faz? Foz morreu? Claro que não! Mas precisa fazer cinco coisas:
1 - Abrir o olho
2 - Ser séria
3 - Ter criatividade
4 - Inovar
5 - Melhorar atendimento, oferta, produtos, posicionamento. Reduzir pela metade o nosso folclore!
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