18 outubro 2006

Turismo de Permanência

O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo MacDonald, anda falando em turismo de permanência. Não sei de onde vem este termo. Vi que há gente repercutindo a idéia. Tecnicamente, não entendo o que quer dizer "turismo de permanência" até porque todo turismo permanece. Creio que o prefeito está falando de turismo com maior permanência, ou permanência extendida, extensa, prolongada.
O prefeito me disse que logo, logo chegarão os primeiros turistas "de permanência". Serão japoneses. Perece-me que idosos. Ficarão uns três meses em Foz. O prefeito teria feito este contato durante um encontro Brasil-Japão que houve em Foz.
Ele está errado? Não. Inventou a roda? Uma rodinha, com esse nome, talvêz. Mas o presidente Daniel Ortega da Nicarágua, durante sua gestão socialista etc, ban-ban-bán e tudo mais, mandou fazer uma área dedicada exclusivamente a atrair cidadãos americanos, da terceira-idade ou melhor idade para viver por períodos extensos em condomínios fechados na cotsa do caribe da Nicaragua. Ortega, socialista pero no idiota quería dólares-divisas dos americanos. Seria muito mais barato viver na Nicaragua com mil, dois mil dólares do naquele antro chamado Miami para onde os velhinhos (e não tão velhinhos) vinham se exilar do frio de Minnehaha Falls, Minnesotta.
Os velhinhos americanos na gíria são chamados de "snowbirds" ou pássaros da neve. São cidadãos sêniores que fogem do frio. Migram igual aos pássaros. Para atender a este mercado, pelo menos em Miami, o mercado desenvolvveu uam estrutura especial. Não sei se Foz do Iguaçu estaria séria para isso. Veja este site chamado sno-bird para entender quanto é sério e lucrativo.
O setor imobiliário de Foz do Iguaçu agora vai rir à toa com o que eu vou dizer. Os velhinhos não vem só para ficar em hotel. Este mercado dá uma mexida no setor imobiliário. Vejam como a Bahia faz na mistura de turismo e imobiliária clicando neste site aqui onde a Ilha de Boipeba tenta vender-se imobiliária-turisticamente para os alemães.
Mas o que que estes clientes vão fazer em Foz? Aí é um problema mais sério. É necessário cursos do idioma, cultura, arte, culinária, capoeira, agricultura, produção de melado, ervas medicinais e tudo mais. Toda grande cidade que se respeita oferece cursos de idioma para estrangeiros. Buenos Aires, bem alí, oferece cursos de Español para brasileiros, para alemães e para anglo-parlantes.
Assim, se Foz estiver séria, o turismo de permanência mais extensa não é nada de outro mundo. Porém exige mais. Claro que isso não vai agradar o trade que está no sufoco hoje. O turismo é coisa de muitas mãos.

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