E o turismo está bem ou está mal? Parece que a coisa está feia. Mas dias melhores virão. Por enquanto vamos empurrar com a barriga e assim por diante. Ofereço a você uma seleção de "orações" que retirei do último texto do artigo da professora e mestre em turismo Silvia Thomazi que escreve na Gazeta do Iguaçu de Foz do Iguaçu, Brasil. Antes de passar a palavra a mestre, quero dizer que há semanas estou com duas frases na cabeça: "está ruim mais está bom" e "vai melhorar para ficar pior". Depois explico. Às frases:
SOBRE O JEITINHO
"... toda e qualquer (des)culpa está no ambiente externo".
SOBRE AS DESCULPAS ESFARRAPADAS E AS MANCHETES DE JORNAIS
"Há sempre uma ou mais "explicação turística" para o não-fechamento das contas. Mas nenhuma delas ignora a necessidade de apresentar ao público uma resposta pronta sobre quantidade de empregos gerados, receitas, negócios, entre vários outros. Essa é a realidade do nosso turismo propriamente dito — quantidade, uma sinuca turística da qual não escapam nem as unidades de conservação, onde menor fluxo deveria ser comemorado e servir de fonte de sustentabilidade"
SOBRE A QUANTIDADE E A QUALIDADE CASO DE REVEILLON DO RIO, POR EXEMPLO
"...Basta rever a importância das notícias sobre os milhares de turistas nas estatísticas da "virada de ano". Dos navios ou da areia? Da areia. Um espetáculo emblemático para reunir uma multidão de observadores de fogos de artifício — mesmo que de cesta de piquenique e farofa. Quantidade sempre foi moeda podre de facilidade. Essa equação não muda".
SOBRE O MAIS,MAIS, MAIS QUE É MENOS
"...Invariavelmente está na proporção inversa de mais e menos. Mais facilidade de acesso, de permanência, de consumo, menos gasto. Sobre os "novos ventos" do turismo o que se aguarda? Coerência e mudança. Coerência na análise dos dados. Mudança de discurso condenado da quantidade sem resultado"
Uma pergunta minha:
Entendeu? Ou precisa que mastigue?
Minha opinião
Um dos males do mundo é o tal do "mais, mais, e mais". Crê-se que quanto mais, melhor. Se algo é bom tem que ter mais. No caso do turismo nacional lembra, mais vôos, mais charters, mais rotas, mais passageiros. Esquecemos da estrutura, das pessoas. Deu no que deu. Em "turismos" locais, Foz do Iguaçu, por exemplo, 2005 foi o ano do mais,mais, mais, 2006 deu zebra e agora? Vai melhorar. Ah! acabaram de anunciar mais um charter do Chile. Mais passageiros, mais avião, menos permanência, menos gastos, menos distribuição de renda. Como disse a Silvia: mais é menos.
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