“Isso é uma dádiva de Deus para os seres humanos” (Jornal do Iguaçu) - disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao ver as Cataratas do Iguaçu pela primeira vez. "Um pouquinho do sorriso de Deus na terra" disse ainda a ministra (A Gazeta do Iguaçu). A ministra participou da abertura de um evento sobre Reservas da Biosfera na Mata Atlântica e a Gestão Transfronteriça dos ambientes compartilhados. Destaco, o conceito de transfronteiriço não é igual a transnacional. Transfronteiriço não é sequer internacional. Atenção para os novos conceitos em um mundo onde o conceito de fronteira está mudando.
Voltando a frase da ministra Marina, destaco a ligação que há entre as Cataratas e o divino. Este aspecto espiritual das Cataratas está passando batido pelo marketing atual do turismo. Ontem, fiu intrevistado pela pesquisadora Tersia Maria da USP sobre o turismo da região transfronteiriça. Em algum momento, a pesuisadora disse que notou que a maioria dos turistas que chegam no esquema organizado õlham e consomem as Cataratas em poucos minutos. Falta a contemplação.
O presidente do Paraguai, Duarte Frutos disse que não quer mais muambeiro em Ciudad del Este e que vai acabar com a muamba. O presidente lembrou que 40 anos de picaretagem, ilegalidade e parasitismo levou o País à situação atual.
Foz do Iguaçu tem que ter a coragem de dizer a mesma coisa. O nosso turismo se desviou feio. Esse passeio está saindo muito caro também para a cidade. Para topda a região transfronteiriça.
Só com o fim da muamba a cidade e região voltará a ser charmosa, chic para o turismo de classe - aquele feito de sonhos. A pesquisadora que mencionei me disse que se formou na primeira turma do primeiro curso de turismo do Brasil (das Faculdades Anhembi-Morumbi), aquele impulsionado pelo professor Mário Beni. Ela me disse também que passou a lua-de-mel dela em Foz do Iguaçu em 1973.
Hoje quem quiser passar a lua-de-mel em Foz do Iguaçu pode fazê-lo. Este é um país democrático. Mas eu aviso, cuidado! Não vá a Ciudad del Este nas quartas e sabádos. A lua-de-mel pode terminar em divórcio. Ou no quinto distrito policial. Minha expectativa é que a Ponte com sua nova estrutura desestimule o "privilégio do ilícito", como diz o nosso delegado da Receita Federal.
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