14 janeiro 2006

Dando Satisfação


Caros colegas e amigos e aqueles que ocasionalmente buscam informações neste blog: 2006 começou e confesso que não estou impressionado. Tão pouco impressionado estou, que nem consigo escrever. Eu tinha uma nota preparada e não consegui colocá-la no ar. Era uma nota em que eu lamentava as coisas como são. Tratava do descaso iguaçuense pelos rios, da insegurança para turistas e moradores nas beiras dos rios da cidade, os assaltos, a situação da Avenida Beira Rio - abandonada, triste, insegura. Mas quando tentei colocá-la no ar, milhares de problemas. Assim acreditei que a Natureza não queria que eu trilhasse este caminho. Assim não vou falar mais da estupidez, de falta de inteligência etc.
Foz do Iguaçu está lotada. Os turistas perambulam pelas ruas sob um calor de 40 graus, mais? Não sei. Todo mundo está caminhando cabisbaixo. Há perigo de combustão espontânea. O suor pinga do rosto, escorre, cada rosto uma pequena cachoeira de suor. O coração às vezes bate menos forte. As pernas ficam bambas. O calor é imenso. E mesmo assim a cidade está cheia. Começaram a chegar os congressistas da Fiep - Fédération Internationale d'Éducation Physique.
Pobrezinhos, coitadinhos. Vão fazer força, pular, malhar, suar, nos trópicos ou melhor e mais extamente no Trópico de Capricórnio. Pouca gente se lembra disso. Foz está um pouquibnho abaixo da linha chamada Trópico de Capricórnio - não é capricorno - que seria mesma coisa.
E assim estamos torrando, neste verão sensacional. Talvês um pouco mais quente graças ao aquecimento do globo...
Só para que sirva de consolo, saiu um estudo na revista científica "Nature" que diz que milhares de espécies de répteis e anfíbios estão morrendo por causa deste aquecimento. Especialmente os sapos, as rãs e pererecas. Elas são indicadores da saúde ambiental. Os cientistas acham que de 115 espécies de rãs das américas, 100 já eram. Os cientistas especulam que o que acontece a rã pode acontecer nós. Acham também que a extinção pelo aquecimento não vem exatamente pelo calor. Os cientistas ainda não entendem.
Agora vem minha pergunta confortadora: você, que mora em Foz do Iguaçu, tem visto rãs, gias, sapos, pererecas? Em que bairros da cidade as pererecas ainda cantam (coa...aa..xx.. vixe esqueci a palavra)? É grave. Uma boa pergunta para o Ibamatur, das concessionárias, das hidrelétricas e outras salafragens.
E uma coisa puxa outra. Falei de rã e perereca se picando por causa do calor e me lembrei que as Cataratas estão secando. As Cataratas fugiram do calor. Estão secas. Estão com 500, 600 metros cúbicos. Pode ir para 200, 100. Talvês fosse bom. Uma oportunidade para que os negócios se lembrem que sem Cataratas não há negócios. Hora de passar sede. Interessante é como se torce o discurso e se produzem matérias jornalísticas que noticiam "turistas estão cada vez mais admirados com a beleza das Cataratas secas. Etc, você sabe, né. Mentira. Turista fica é nervoso quando não vê água nas Cataratas. E quando não foi avisado disso.
Isso me faz lembrar de uma área que quero destacar este ano: o marketing de serviços. Vejo com muita preocupação como esta espécie de marketing não está acontecendo. Estamos maltratando os turistas nas Cataratas, nos hotéis, nos restaurantes,nos ônbibus, nas excursões e só Deus sabe mais onde!
Nas próximas notas e em várias de minhas propostas de trabalho apresentarei o marketing de serviços. O que é isso? Como se faz? O que significa? É uma proposta aberta para o turismo como parte dos serviços do Brasil - e não se limita a Foz do Iguaçu. Ainda bem que escrevi um pouco. Legal.
Observação: a foto, acima, é da Avenida Beira-Rio ou "Costanera" de Posadas, Misiones, Argentina ( aproximadamente 300 km de Foz) . Observem como é diferente da Avenida Beira Rio de Foz do Iguaçu. Que desperdício! Na foto se vê a Ponte Internacional Roque González de Santa Cruz que liga Posadas (AR) a Encarnación (PY). Inveja! Mas não precisa ir a Pousadas para ver uma "Costanera", a de Puerto Iguazú já é um sucesso. Pergunte a moçada que vai ao La Barranca! Isso não quer dizer que eu aprove os absurdos ambientais que eu vi lá. Coisas de engenheiros! Já que mexi com todos, tou fora!

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