A bacia do rio Iguaçu tem, pelo menos, 98 afluentes. São rios de tamanhos variados que drenam suas águas para o Iguaçu. A bacia do Iguaçu mede 70.799 quilômetros quadrados. Deste total, 57 mil estão em território paranaense. O restante em Santa Catarina e parte compartilhada com Misiones, Argentina.
O rio Iguaçu serpenteia por 1.320 quilômetros das nascentes até a sua foz na cidade de Foz do Iguaçu, pelo lado brasileiro e Puerto Iguazú, pelo lado argentino. No último trecho de sua viagem, o Iguaçu é protegido, digamos assim, pelos parques nacionais do Iguaçu / Iguazú.
Em seu caminho, o rio Iguaçu desce, salta, desliza, serpenteia, contorna, geme, sofre, se espreguiça e suspira do berço até o destino: o rio Paraná, este sim, muito mais velho,poderoso e igualmente ferido. Oficialmente, o “marco zero” do rio Iguaçu, onde o rio passa a ser chamado de Iguaçu, está no local onde os rios Iraí e Atuba se encontram.
Onde? No bairro curitibano do Cajurú, divisa com o município de Pinhais. Aqui o rio já nasce doente: esgotos, intervenção humana, poluição. Até a junção Irai-Atubá hoje é artificial. Mas antes do Iraí e do Atubá vem o Iraizinho e o Arroio Cachoeira e antes do Iraizinho e do Arroio Cachoeira vëm as nascentes - muitas transformadas em represas e barragens. São tantas nascentes que as prefeituras de municípios como Piraquara, Pinhais e Colombo ainda estão contando.
Piraquara fala de mais de 1.600 nascentes cadastradas. São tantas as nascentes que Piraquara recebe os visitantes com um “bem-vindos à Terra dos Mananciais” (veja fotos). Antes de fluir livremente na direção de Porto Amazonas, União da Vitória, Cataratas do Iguaçu, as águas dos mananciais e do Iguaçu devem, primeiro, dar de beber, banhar e lavar (que foto!) Curitiba. Voltaremos ao assunto em próximas notas.
Mas no ano em que se sofre, na pele, o efeito da maior seca sofrida nos últimos 70 anos, é hora de refletir sobre nossa relação com o Iguaçu, seus afluentes, mananciais, nascentes Cataratas!
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