Emissário é mensageiro. No Rio, emissário é um cano de esgoto e recebe o nome de “emissário submarino”. É o tubo de esgoto, na maioria não tratado que é jogado na Baía de Guanabara. E porque alguém viaja para ter lazer em um destino final assim fedorento? E quando o emissário estoura? Turista é louco.
Outra resposta interessante vi em Jost Kippendorf: as pessoas viajam porque estão cansadas da vida que têm. Isto é bem social. Para dar valor ao que tem, as pessoas tem que sair de casa para poder e voltar e dizer: graças a Deus estou em casa! Lar Doce Lar!
É como diz Osho – um mestre iluminado e muito detonador – “Ser normal num mundo louco é ser mais louco ainda”. Daí, o turista ser normalmente louco.
E o turismólogo? É mais louco ainda. Primeiro, ele gasta uma grana enorme em um curso que pode não dar retorno. Pode não dar reconhecimento. Uma turismóloga de Curitiba reclamou esses dias: eu vou a uma agência e digo sou turismóloga e o patrão pergunta o que você sabe fazer? Ser turismóloga num país com um patrão desses – tem que ser internada, mesmo! E os secretários de turismo? E o ministro? E o presidente? Dizem que não regulamentam a profissão para não criar reserva de mercado.
O comunicólogo só não passa fome, porque tem habilitações. Ou é jornalista. Ou é publicitário. Ou Relações Públicas – e para que serve o Relações Públicas? (Tou fora!)
Vejo a necessidade de que alguma mente brilhante descubra uma habilitação para o turismólogo. Como um acadêmico preparado para analisar informações, fazer diagnósticos, mensurar (quer dizer medir), planejar, prever por que não dar uma “habilitação” para eles? Administrador com ênfase no turismo, por exemplo. De repente seria bom este título porque ameaçaria a existência do curso de turismo ou forçaria os cursos a lutarem pelo bem estar de seu alunos.
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