O Pólo Internacional Turístico do Iguaçu, incluirá quando saia do papel, as Cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad del Este, Ciudad Presidente Franco, Mingá Guazú e Hernandárias (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina). A idéia é que o turista legalmente admitido em um dos três países, pudesse circular dentro da área ou dos limites do Pólo Turístico Internacional do Iguaçu. Que limites?
No caso do Brasil, o turista poderia circular em todo o município. Ir às Cataratas, ir ao bairro de Três Lagoas onde está a prainha do Lago de Itaipu e onde se pode ver as ruínas da Base Náutica – (não é uma ruína jesuítica) mas sim uma lembrança “arruinada” dos Jogos Mundiais da Natureza.
Se o turista sueco, que entrou no Brasil sem passar pela imigração, quiser ir a Santa Terezinha de Itaipu – um município logo a leste de Foz, seguindo a BR 277 – teria que voltar ao último país visitado, fazer a saída (passar pela migração Argentina ou paraguaia e receber um carimbo de saída no passaporte), daí entrar no Brasil, parar na área de controle de migração da PF em uma das pontes e receber um carimbo de entrada no passaporte.
Aí sim, ele pode pegar um ônibus para o TTU de Foz do Iguaçu e de lá pegar um ônibus Metropolitano para ir a Santa Terezinha. Dos três países da fronteira, só a Argentina construiu uma estrutura a uns 50 quilômetros da Ponte Internacional para controlar os turistas que possam querer ir a Buenos Aires sem passar pela migração – abusando do Pólo Turístico Internacional do Iguaçu.
Demagogia
Assim, na prática, não existe Pólo Turístico Internacional do Iguaçu. Existe sim um Instituto, chamado Pólo Internacional do Iguassu liderado pelo empresário Faisal Saleh, uma ONG criada para ajudar a tirar do papel o tal Circuito Intergado do Mercosul. Entre as grandes consecuções do Instituto Pólo Iguassu foi o mapa do Pólo Turístico Internacional do Iguassu – assim na versão com dois S’s. E o Guia Iguassu.
Esta questão de dois Ss no Iguaçu é interessante. O Instituto Pólo Iguassu adotou esta idéia, esta proposta como fator diferenciador, setorial para fins exclusivos de marketing. A idéia ou conceito por trás disso era muito boa. Resumia-se a uma identidade própria para o Pólo Internacional. Mas, lembro, não era oficial. Oficialmente pela Decisão do Mercosul (CMC) o nome oficial é Pólo Turístico Internacional do Iguaçu ou Pólo Turístico Internacional del Iguazu – segundo a grafia oficial vigente dos idiomas oficias do Pólo.
Mas aí entrou a demagogia. O aglomerado de caciques do turismo local (leia-se, local e unilateral do lado brasileiro), conhecido como trade, começou a usar e abusar do nome Iguassu com dois esses, acharam pouco, acrescentaram a palavra “destino” ao nome Iguassu (Destino Iguassu), adubaram a idéia confusa, até chegar ao clímax da demagogia que foi a proposta de mudar a grafia do nome da cidade de Foz do Iguaçu – para Foz do Iguassu. Proposta derrotada pela população, vaiada em auditórios de universidades, embora aceita pela Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu. Tudo isso em vez de cobrar a implantação do Pólo Turístico Internacional do Iguaçu. Acrescento que a derrota da proposta, sacralizada pela desistência do prefeito em assinar em baixo ou, seja sacralizada pelo veto, gerou racha político, acabando com a super-coligação que havia ganho as eleições. Eu acho é pouco! Mas como está o turismo da Fronteira sem Pólo Iguaçu?
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