01 setembro 2010

Pássaros que roubam a atenção no Parque Nacional do Iguaçu


Foto da gralha picaça de Kiko Sierich - material publicado na Gazeta do Iguaçu, Caderno de Turismo

A maioria dos turistas havia acabado de almoçar no restaurante Porto Canoas - no final da BR 469. Eles se debruçavam sobre a grade de proteção do deck do restaurante olhando o infinito, ou na direção da Garganta do Diabo - o maior salto das Cataratas do Iguaçu. No lado oposto, se via o mirante da "Garganta del Diablo" - lotado de pessoas que de repente observavam os observadores do lado de cá (clique na foto para ver o mirante do lado argentino lotado)

Nas pedras, há poucos metros da Garganta se rumassem em direção á Argentina, ou para o Salto que os brasileiros chamam de Floriano, estão pousados alguns biguás. Pescadores por natureza, os biguás estão de olho na lâmina de água sobre a superfície rochosa do rio. Lá no fundo estão agarradas várias espécies de peixes do estilo "cascudo" - aquele que em aquário tem fama de sugar a sujeira do fundo ou das paredes de vidro.

Biguás e cascudos estão em um dos lugares que, para os observadores que falam muitas línguas, são os mais perigosos para relaxar. Metros acima, à direita, à esquerda vão levar todos a um fim sem muita glória ou heroísmo. As máquinas clicam os biguás e para os sortudos, às vezes, com algum cascudo preso no meio do bico do pássaro. Os biguás são as estrelas do show do meio dia ou uma hora.

Ou melhor, são as estrelas até que ecoe no ar uma voz barulhenta que atrai todos os ouvidos na direção da mata ciliar entre o deck com os turistas e o rio que não para de fluir. Nos galhos das árvores, lá estão eles. Um casal de gralhas. Estamos falando da gralha picaça - fotografada instintivamente pelo fotógrafo da Gazeta do Iguaçu, Kiko Sierich. Logo os turistas buscavam os melhores lugares para fotografar as exibidas gralhas que conseguem vocalizar mais de 20 tipos diferentes de som - entre eles a voz humana. A gralha picaça é também conhecida como acaé, cancã, gralha, gralha-de-crista-negra, gralha-do-mato e uraca.

Não é necessário dizer aos paranaenses que temos ainda no Paraná a gralha azul (foto) aquela que é símbolo do Paraná junto com o pinheiro. Há ainda a gralha do Pantanal que pode ser que pode ser vista até às margens do rio Paraná no Mato Grosso do Sul no extremo do território turístico-cultural chamado de Cataratas e Caminhos ao Lago de Itaipu que corresponde à região de Guairá e Mundo Novo.

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