
Foto da gralha picaça de Kiko Sierich - material publicado na Gazeta do Iguaçu, Caderno de Turismo
A maioria dos turistas havia acabado de almoçar no restaurante Porto Canoas - no final da BR 469.

Nas pedras, há poucos metros da Garganta se rumassem em direção á Argentina, ou para o Salto que os brasileiros chamam de Floriano, estão pousados alguns biguás. Pescadores por natureza, os biguás estão de olho na lâmina de água sobre a superfície rochosa do rio. Lá no fundo estão agarradas várias espécies de peixes do estilo "cascudo" - aquele que em aquário tem fama de sugar a sujeira do fundo ou das paredes de vidro.
Biguás e cascudos estão em um dos lugares que, para os observadores que falam muitas línguas, são os mais perigosos para relaxar. Metros acima, à direita, à esquerda vão levar todos a um fim sem muita glória ou heroísmo. As máquinas clicam os biguás e para os sortudos, às vezes, com algum cascudo preso no meio do bico do pássaro. Os biguás são as estrelas do show do meio dia ou uma hora.
Ou melhor, são as estrelas até que ecoe no ar uma voz barulhenta que atrai todos os ouvidos na direção da mata ciliar entre o deck com os turistas e o rio que não para de fluir. Nos galhos das árvores, lá estão eles. Um casal de gralhas. Estamos falando da gralha picaça - fotografada instintivamente pelo fotógrafo da Gazeta do Iguaçu, Kiko Sierich. Logo os turistas buscavam os melhores lugares para fotografar as exibidas gralhas que conseguem vocalizar mais de 20 tipos diferentes de som - entre eles a voz humana. A gralha picaça é também conhecida como acaé, cancã, gralha, gralha-de-crista-negra, gralha-do-mato e uraca.

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